terça-feira, 27 de janeiro de 2015

USP disponibiliza cursos gratuitos sobre meio ambiente e sustentabilidade

O Veduca é um site que reúne cursos on-line provenientes de instituições brasileiras a internacionais. Entre as opções disponíveis estão cursos livres na área ambiental e de sustentabilidade. O CicloVivo separou três sugestões de estudos feitos por uma das universidades mais conceituadas do Brasil, a Universidade de São Paulo (USP). Veja abaixo quais são eles e inscreva-se:
1. Sistemas Terra
O curso é dividido em 26 aulas. Entre os temas trabalhados estão fatores geológicos da evolução, desde as placas tectônicas até o ciclo das rochas. As aulas são ministradas em português por docentes da própria universidade e são direcionadas, principalmente, a quem se interessa por geografia.
Clique aqui para iniciar o curso.
2. Oceanografia
Em 16 horas, este curso trata de assuntos como manguezais, estuários, marismas, sistemas bentônicos, vegetados, recifes de coral e chega até mesmo às profundezas do oceano. São 34 aulas, ministradas pela docente mestre e doutora Ana Maria Vanin. 
Clique aqui para iniciar o curso.
3. Princípios da sustentabilidade e tecnologias portadoras de inovação
O curso traz desde conceitos básicos, como a definição do conceito de pegada ecológica e como calculá-la, até princípios que possibilitam o desenvolvimento da sociedade a partir de tecnologias e sistemas mais limpos. Entre os temas abordados estão o ciclo de vida, energia, transporte e mobilidade e métodos de produção. São 11 aulas divididas entre três especialistas na área de engenharia. 
Clique aqui para iniciar o curso.
Também estão disponíveis na plataforma cursos na área de meio ambiente e sustentabilidade naUniversidade de Yale e na Universidade de Berkeley, duas conceituadas universidades norte-americanas.
Redação CicloVivo
http://ciclovivo.com.br/noticia/usp-disponibiliza-cursos-gratuitos-sobre-meio-ambiente-e-sustentabilidade

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

CSEAR South América

http://www.csear.ufba.br/index.html
CSEAR IV 2015
O objetivo do CSEAR South América é ser um interlocutor do Centre for Social and Environmental Accounting Research na indução de pesquisas no campo da contabilidade para sustentabilidade, promovendo a divulgação de seus resultados, além de contribuir para que os achados de tais investigações sejam aplicados para compreender e solver problemas das organizações e sociedade.
A IV edição do CSEAR South América pretende fomentar as discussões sobre a terminologia deste campo de conhecimento, buscando aprofundar pesquisa sobre reconhecimento, mensuração e accountability, os elementos sociais e ambientais que impactam o resultado econômico das entidades.
O evento deverá contar com a participação de pesquisadores, professores, estudantes e profissionais atuantes na área de contabilidade empresarial do Brasil e América Latina, interessados na discussão da contabilidade para sustentabilidade.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Sobre O que é (e o que não é) sustentabilidade

O conteúdo do EcoDesenvolvimento.org está sob Licença Creative Commons. Para o uso dessas informações é preciso citar a fonte e o link ativo do Portal EcoD. http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2014/artigo-o-que-e-e-o-que-nao-e-sustentabilidade?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook#ixzz3OKQLt7ak

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Por Oded Grajew*
Embora em voga nos mais variados meios, o conceito de “sustentabilidade” ainda é pouco compreendido tanto por quem fala sobre ele quanto por quem ouve. Nos últimos anos intensificou-se a discussão a respeito do aquecimento global e do esgotamento dos recursos naturais. Preocupações legítimas e inquestionáveis, mas que geraram distorção no significado de sustentabilidade, já que esta passou a ser associada tão somente às questões ambientais.
Não é só isso. A sustentabilidade está diretamente associada aos processos que podem manter-se e melhorar ao longo do tempo. A insustentabilidade comanda processos que se esgotam, não se mantêm e tendem a morrer. E isto depende não apenas das questões ambientais. São igualmente fundamentais os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.
Entretanto, mais do que definir o conceito, sustentabilidade e insustentabilidade se tornam claras quando traduzidas em situações práticas.
Evidências e dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável, ameaçando inclusive a própria sobrevivência da espécie humana.
Esgotar recursos naturais não é sustentável. Reciclar e evitar desperdícios são sustentáveis. Corrupção é insustentável. Ética é sustentável. Violência é insustentável. Paz é sustentável.
Desigualdade é insustentável. Justiça social é sustentável. Baixos indicadores educacionais são insustentáveis. Educação de qualidade para todos é sustentável.
Ditadura e autoritarismo são insustentáveis. Democracia é sustentável.
Trabalho escravo e desemprego são insustentáveis. Trabalho decente para todos é sustentável.
Poluição é insustentável. Ar e águas limpos são sustentáveis. Encher as cidades de carros é insustentável. Transporte coletivo e de bicicletas é sustentável.
Solidariedade é sustentável. Individualismo é insustentável.
Cidade comandada pela especulação imobiliária é insustentável. Cidade planejada para que cada habitante tenha moradia digna, trabalho, serviços e equipamentos públicos por perto é sustentável.
oded-ecod.jpgSociedade que maltrata crianças, idosos e deficientes não é sustentável. Sociedade que cuida de todos é sustentável.
Evidências e dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável, ameaçando inclusive a própria sobrevivência da espécie humana.
Provas não faltam:
- Destruímos quase a metade das grandes florestas do planeta, que são os pulmões do mundo;
- Liberamos imensa quantidade de dióxido de carbono e outros gases causadores de efeito estufa, num ciclo de aquecimento global e instabilidades climáticas;
- Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação;
- Cerca de 50 mil espécies de plantas e animais desaparecem todos os anos, em sua maior parte em decorrência de atividades humanas;
- Produzimos uma sociedade planetária escandalosa e crescentemente desigual: 1.195 bilionários valem, juntos, US$ 4,4 trilhões, ou seja, quase o dobro da renda anual dos 50% mais pobres. O 1% de mais ricos da humanidade recebe o mesmo que os 57% mais pobres;
- Os gastos militares somam US$ 1,464 trilhões por ano (e crescem a cada ano), o equivalente a 66% da renda anual dos 50% mais pobres.
Este cenário pouco animador mostra a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável. Cabe a nós torná-lo possível e viável.
Oded Grajew é presidente emérito do Instituto Ethos e coordenador-geral da Secretaria Executiva da Rede Nossa São Paulo. Artigo publicado originalmente no jornal Folha de S.Paulo.