segunda-feira, 24 de agosto de 2015

INTERNALIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

Para se discutir sustentabilidade, fatores ambientais, econômicos e sociais devem ser incluídos e analisados de forma integrada, possibilitando, só desta forma, a tomada de decisão com vistas ao desenvolvimento sustentável. Assim sendo, este artigo teve como objetivo comparar o custo unitário do quilo de óleo de pinhão manso, para produção de biodiesel, aplicando o método de Custeio por Absorção, Custeio Variável e Custeio do Ciclo de Vida Ambiental. Para tanto, como procedimento de investigação, foi efetuada uma revisão bibliográfica de métodos de custeio, contabilidade rural e ciclo de vida e posterior aplicação dos métodos em um estudo de caso. Os resultados demonstraram que, entre os sistemas de custeio analisados, o Custeio Variável apresentou o menor custo unitário, já os métodos de Custeio por Absorção e Custeio de Ciclo de Vida Ambiental apresentaram resultados semelhantes. Contudo, em face da internalização de uma externalidade ambiental negativa houve um aumento no custo unitário. Muito embora ainda não seja obrigatório, no Brasil, tal procedimento, os custos ambientais não devem ser desconsiderados no processo produtivo, os mesmos devem ser previstos com vistas à tomada de decisão sustentável e nisto reside à contribuição científica desta pesquisa, uma vez que os métodos de custeio tradicionais não trabalham com a perspectiva de ciclo de vida, sendo, este método de custos, uma aproximação mais adequada considerando uma gestão estratégica para mercados cada vez mais globalizados e competitivos, exigindo produtos/serviços econômico, social e ambientalmente sustentáveis.INTERNALIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NOS ... 

www.csearsouthamerica.net/events/index.php/csear/csear2013/.../67
INTERNALIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NOS CUSTOS DE. PRODUÇÃO.LUZILEA BRITO DE OLIVEIRA. Universidade Estadual de Santa Cruz.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Plataforma da USP ensina a escrever artigo científico

Plataforma da USP ensina a escrever artigo científico

Site com videoaulas gratuitas busca fomentar a elaboração de papers científicos de alto impacto e com maior relevância
Para melhorar o nível de qualidade na elaboração de artigos científicos por pesquisadores brasileiros, a  Universidade de São Paulo – líder em produção científica no país -, lançou o curso de Escrita Científica: produção de artigos de alto impacto. Formatado para a web e oferecido gratuitamente, o curso tem como objetivo auxiliar pesquisadores e estudantes de pós-graduação na elaboração de artigos de maior relevância acadêmica.
http://porvir.org/porfazer/usp-lanca-curso-online-sobre-producao-de-artigo-cientifico/20130806

terça-feira, 5 de maio de 2015

Livro auxilia pesquisadores a escrever artigos científicos em inglês

Diego Freire | Agência FAPESP – Com o objetivo de auxiliar a comunidade acadêmica nacional a escrever artigos científicos em inglês com correção gramatical e coesão, oito pesquisadores brasileiros e estrangeiros lançaram o livro Writing Scientific Papers in English Successfully: Your Complete Roadmap.
De acordo com Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), coautor do livro, a publicação é resultado de duas décadas de pesquisa e ensino sobre escrita científica em inglês
“Meu trabalho com escrita científica em inglês começou com a necessidade de produzir relatórios científicos no doutorado, que realizei no País de Gales com bolsa da FAPESP. Percebi então que, mesmo dominando o idioma, a correção gramatical não era suficiente para garantir a qualidade do texto em inglês e a eficiência da comunicação – era preciso escrever de maneira adequada ao contexto da língua”, disse à Agência FAPESP.
Oliveira passou, então, a reunir modelos de escrita em papers produzidos por pesquisadores locais e utilizá-los como um corpus linguístico, conjunto de textos em uma determinada língua que serve como base de análise e modelo para novas escritas.
“As estratégias de aprendizado da escrita científica, incluindo do uso da língua inglesa para um texto científico, têm suporte teórico na Linguística de Corpus. Um capítulo específico explica o que é essa área da Linguística, com exemplos que permitem compreensão dos conceitos por leitores leigos, não especializados na área.”
Para o pesquisador, tais conceitos são importantes porque evidenciam a necessidade da leitura e da apreensão do que é lido.
“Você não pode escrever um bom paper sem ler bons papers. Por isso o livro oferece também técnicas de leitura de diferentes tipos de publicações, que vão auxiliar não só na apreensão do modo de escrever, mas também em aprimorar outras habilidades relacionadas a tarefas científicas. Também é importante ter domínio sobre técnicas que permitem fazer anotações que auxiliarão a desenvolver uma coleção de modelos de escrita, o seu próprio corpus.”
O livro é dividido em duas partes: a primeira oferece os fundamentos teóricos da escrita científica e a segunda detalha estratégias, técnicas e ferramentas que facilitam a redação dos trabalhos científicos em inglês.
“É importante identificar sistematicamente padrões textuais que são prevalentes em cada parte de um texto científico. Aprender a usar esses padrões auxiliará a escrever em um estilo já aceito pela comunidade acadêmica de quem escreve.”
São apresentados os fundamentos e modelos teóricos subjacentes ao gênero da escrita científica, além de um manual de uso dos conceitos de Linguística de Corpus para o aprendizado da escrita científica em inglês, com descrições de softwares de auxílio à escrita.
É feita ainda uma reflexão sobre a relação da escrita científica com o método científico. “Relatar adequadamente as descobertas é essencial no método científico. Trata-se de uma indissociabilidade entre método e escrita científicos”, explica Oliveira. Nesse sentido, o livro traz informações detalhadas de como um artigo científico deve ser estruturado, incluindo o que cada seção deve conter.
Além de Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, são coeditores do livro Ethel Schuster, da Northern Essex Community College, e Haim Levkowitz, da University of Massachusetts Lowell, ambas em Massachusetts, nos Estados Unidos.
Os trabalhos reunidos são de autoria dos editores e de Sandra Maria Aluísio, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP); Stella Esther Ortweiler Tagnin, do Departamento de Letras Modernas da USP; Valtencir Zucolotto, do IFSC; Valéria Delisandra Feltrim, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná; e Carmen Dayrell, do Centre for Corpus Approaches to Social Science da Lancaster University, no Reino Unido.
Writing Scientific Papers in English Successfully: Your Complete Roadmap
Autores: Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, Ethel Schuster, Haim Levkowitz, Sandra Maria Aluísio, Stella Esther Ortweiler Tagnin, Valtencir Zucolotto, Valéria Delisandra Feltrim e Carmen Dayrell
Lançamento: 2014
Preço: US$ 10,28
Páginas: 192

Mais informações: Amazon
  

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

USP disponibiliza cursos gratuitos sobre meio ambiente e sustentabilidade

O Veduca é um site que reúne cursos on-line provenientes de instituições brasileiras a internacionais. Entre as opções disponíveis estão cursos livres na área ambiental e de sustentabilidade. O CicloVivo separou três sugestões de estudos feitos por uma das universidades mais conceituadas do Brasil, a Universidade de São Paulo (USP). Veja abaixo quais são eles e inscreva-se:
1. Sistemas Terra
O curso é dividido em 26 aulas. Entre os temas trabalhados estão fatores geológicos da evolução, desde as placas tectônicas até o ciclo das rochas. As aulas são ministradas em português por docentes da própria universidade e são direcionadas, principalmente, a quem se interessa por geografia.
Clique aqui para iniciar o curso.
2. Oceanografia
Em 16 horas, este curso trata de assuntos como manguezais, estuários, marismas, sistemas bentônicos, vegetados, recifes de coral e chega até mesmo às profundezas do oceano. São 34 aulas, ministradas pela docente mestre e doutora Ana Maria Vanin. 
Clique aqui para iniciar o curso.
3. Princípios da sustentabilidade e tecnologias portadoras de inovação
O curso traz desde conceitos básicos, como a definição do conceito de pegada ecológica e como calculá-la, até princípios que possibilitam o desenvolvimento da sociedade a partir de tecnologias e sistemas mais limpos. Entre os temas abordados estão o ciclo de vida, energia, transporte e mobilidade e métodos de produção. São 11 aulas divididas entre três especialistas na área de engenharia. 
Clique aqui para iniciar o curso.
Também estão disponíveis na plataforma cursos na área de meio ambiente e sustentabilidade naUniversidade de Yale e na Universidade de Berkeley, duas conceituadas universidades norte-americanas.
Redação CicloVivo
http://ciclovivo.com.br/noticia/usp-disponibiliza-cursos-gratuitos-sobre-meio-ambiente-e-sustentabilidade

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

CSEAR South América

http://www.csear.ufba.br/index.html
CSEAR IV 2015
O objetivo do CSEAR South América é ser um interlocutor do Centre for Social and Environmental Accounting Research na indução de pesquisas no campo da contabilidade para sustentabilidade, promovendo a divulgação de seus resultados, além de contribuir para que os achados de tais investigações sejam aplicados para compreender e solver problemas das organizações e sociedade.
A IV edição do CSEAR South América pretende fomentar as discussões sobre a terminologia deste campo de conhecimento, buscando aprofundar pesquisa sobre reconhecimento, mensuração e accountability, os elementos sociais e ambientais que impactam o resultado econômico das entidades.
O evento deverá contar com a participação de pesquisadores, professores, estudantes e profissionais atuantes na área de contabilidade empresarial do Brasil e América Latina, interessados na discussão da contabilidade para sustentabilidade.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Sobre O que é (e o que não é) sustentabilidade

O conteúdo do EcoDesenvolvimento.org está sob Licença Creative Commons. Para o uso dessas informações é preciso citar a fonte e o link ativo do Portal EcoD. http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2014/artigo-o-que-e-e-o-que-nao-e-sustentabilidade?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook#ixzz3OKQLt7ak

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Por Oded Grajew*
Embora em voga nos mais variados meios, o conceito de “sustentabilidade” ainda é pouco compreendido tanto por quem fala sobre ele quanto por quem ouve. Nos últimos anos intensificou-se a discussão a respeito do aquecimento global e do esgotamento dos recursos naturais. Preocupações legítimas e inquestionáveis, mas que geraram distorção no significado de sustentabilidade, já que esta passou a ser associada tão somente às questões ambientais.
Não é só isso. A sustentabilidade está diretamente associada aos processos que podem manter-se e melhorar ao longo do tempo. A insustentabilidade comanda processos que se esgotam, não se mantêm e tendem a morrer. E isto depende não apenas das questões ambientais. São igualmente fundamentais os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.
Entretanto, mais do que definir o conceito, sustentabilidade e insustentabilidade se tornam claras quando traduzidas em situações práticas.
Evidências e dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável, ameaçando inclusive a própria sobrevivência da espécie humana.
Esgotar recursos naturais não é sustentável. Reciclar e evitar desperdícios são sustentáveis. Corrupção é insustentável. Ética é sustentável. Violência é insustentável. Paz é sustentável.
Desigualdade é insustentável. Justiça social é sustentável. Baixos indicadores educacionais são insustentáveis. Educação de qualidade para todos é sustentável.
Ditadura e autoritarismo são insustentáveis. Democracia é sustentável.
Trabalho escravo e desemprego são insustentáveis. Trabalho decente para todos é sustentável.
Poluição é insustentável. Ar e águas limpos são sustentáveis. Encher as cidades de carros é insustentável. Transporte coletivo e de bicicletas é sustentável.
Solidariedade é sustentável. Individualismo é insustentável.
Cidade comandada pela especulação imobiliária é insustentável. Cidade planejada para que cada habitante tenha moradia digna, trabalho, serviços e equipamentos públicos por perto é sustentável.
oded-ecod.jpgSociedade que maltrata crianças, idosos e deficientes não é sustentável. Sociedade que cuida de todos é sustentável.
Evidências e dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável, ameaçando inclusive a própria sobrevivência da espécie humana.
Provas não faltam:
- Destruímos quase a metade das grandes florestas do planeta, que são os pulmões do mundo;
- Liberamos imensa quantidade de dióxido de carbono e outros gases causadores de efeito estufa, num ciclo de aquecimento global e instabilidades climáticas;
- Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação;
- Cerca de 50 mil espécies de plantas e animais desaparecem todos os anos, em sua maior parte em decorrência de atividades humanas;
- Produzimos uma sociedade planetária escandalosa e crescentemente desigual: 1.195 bilionários valem, juntos, US$ 4,4 trilhões, ou seja, quase o dobro da renda anual dos 50% mais pobres. O 1% de mais ricos da humanidade recebe o mesmo que os 57% mais pobres;
- Os gastos militares somam US$ 1,464 trilhões por ano (e crescem a cada ano), o equivalente a 66% da renda anual dos 50% mais pobres.
Este cenário pouco animador mostra a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável. Cabe a nós torná-lo possível e viável.
Oded Grajew é presidente emérito do Instituto Ethos e coordenador-geral da Secretaria Executiva da Rede Nossa São Paulo. Artigo publicado originalmente no jornal Folha de S.Paulo.