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INTERNALIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NOS CUSTOS DE. PRODUÇÃO.LUZILEA BRITO DE OLIVEIRA. Universidade Estadual de Santa Cruz.segunda-feira, 24 de agosto de 2015
INTERNALIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NOS CUSTOS DE PRODUÇÃO
Para se discutir sustentabilidade, fatores ambientais, econômicos e sociais
devem ser incluídos e analisados de forma integrada, possibilitando, só desta forma, a
tomada de decisão com vistas ao desenvolvimento sustentável. Assim sendo, este artigo
teve como objetivo comparar o custo unitário do quilo de óleo de pinhão manso, para
produção de biodiesel, aplicando o método de Custeio por Absorção, Custeio Variável e
Custeio do Ciclo de Vida Ambiental. Para tanto, como procedimento de investigação, foi
efetuada uma revisão bibliográfica de métodos de custeio, contabilidade rural e ciclo de
vida e posterior aplicação dos métodos em um estudo de caso. Os resultados demonstraram
que, entre os sistemas de custeio analisados, o Custeio Variável apresentou o menor custo
unitário, já os métodos de Custeio por Absorção e Custeio de Ciclo de Vida Ambiental
apresentaram resultados semelhantes. Contudo, em face da internalização de uma
externalidade ambiental negativa houve um aumento no custo unitário. Muito embora
ainda não seja obrigatório, no Brasil, tal procedimento, os custos ambientais não devem ser
desconsiderados no processo produtivo, os mesmos devem ser previstos com vistas à
tomada de decisão sustentável e nisto reside à contribuição científica desta pesquisa, uma
vez que os métodos de custeio tradicionais não trabalham com a perspectiva de ciclo de
vida, sendo, este método de custos, uma aproximação mais adequada considerando uma
gestão estratégica para mercados cada vez mais globalizados e competitivos, exigindo
produtos/serviços econômico, social e ambientalmente sustentáveis.INTERNALIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NOS ...
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Plataforma da USP ensina a escrever artigo científico
Plataforma da USP ensina a escrever artigo científico
Site com videoaulas gratuitas busca fomentar a elaboração de papers científicos de alto impacto e com maior relevância
Para melhorar o nível de qualidade na elaboração de artigos científicos por pesquisadores brasileiros, a Universidade de São Paulo – líder em produção científica no país -, lançou o curso de Escrita Científica: produção de artigos de alto impacto. Formatado para a web e oferecido gratuitamente, o curso tem como objetivo auxiliar pesquisadores e estudantes de pós-graduação na elaboração de artigos de maior relevância acadêmica.
terça-feira, 5 de maio de 2015
Livro auxilia pesquisadores a escrever artigos científicos em inglês
Diego
Freire | Agência FAPESP – Com o objetivo de auxiliar a comunidade
acadêmica nacional a escrever artigos científicos em inglês com correção
gramatical e coesão, oito pesquisadores brasileiros e estrangeiros lançaram o
livro Writing Scientific Papers in English Successfully: Your Complete
Roadmap.
De acordo com Osvaldo Novais de
Oliveira Júnior, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), coautor do livro,
a publicação é resultado de duas décadas de pesquisa e ensino sobre escrita
científica em inglês
“Meu trabalho com escrita científica em inglês começou com a necessidade
de produzir relatórios científicos no doutorado, que realizei no País de Gales
com bolsa da FAPESP. Percebi então que, mesmo dominando o idioma, a correção
gramatical não era suficiente para garantir a qualidade do texto em inglês e a
eficiência da comunicação – era preciso escrever de maneira adequada ao
contexto da língua”, disse à Agência FAPESP.
Oliveira passou, então, a reunir modelos de escrita em papers produzidos por pesquisadores locais e
utilizá-los como um corpus linguístico,
conjunto de textos em uma determinada língua que serve como base de análise e
modelo para novas escritas.
“As estratégias de aprendizado da escrita científica, incluindo do uso
da língua inglesa para um texto científico, têm suporte teórico na Linguística
de Corpus. Um capítulo específico explica o que é essa
área da Linguística, com exemplos que permitem compreensão dos conceitos por
leitores leigos, não especializados na área.”
Para o pesquisador, tais conceitos
são importantes porque evidenciam a necessidade da leitura e da apreensão do
que é lido.
“Você não pode escrever um bom paper sem ler
bons papers. Por isso o livro oferece também técnicas de
leitura de diferentes tipos de publicações, que vão auxiliar não só na
apreensão do modo de escrever, mas também em aprimorar outras habilidades
relacionadas a tarefas científicas. Também é importante ter domínio sobre
técnicas que permitem fazer anotações que auxiliarão a desenvolver uma coleção
de modelos de escrita, o seu próprio corpus.”
O livro é dividido em duas partes: a
primeira oferece os fundamentos teóricos da escrita científica e a segunda
detalha estratégias, técnicas e ferramentas que facilitam a redação dos
trabalhos científicos em inglês.
“É importante identificar sistematicamente
padrões textuais que são prevalentes em cada parte de um texto científico.
Aprender a usar esses padrões auxiliará a escrever em um estilo já aceito pela
comunidade acadêmica de quem escreve.”
São apresentados os fundamentos e modelos teóricos subjacentes ao gênero
da escrita científica, além de um manual de uso dos conceitos de Linguística de Corpus para o aprendizado da escrita científica em
inglês, com descrições de softwares de
auxílio à escrita.
É feita ainda uma reflexão sobre a
relação da escrita científica com o método científico. “Relatar adequadamente
as descobertas é essencial no método científico. Trata-se de uma
indissociabilidade entre método e escrita científicos”, explica Oliveira. Nesse
sentido, o livro traz informações detalhadas de como um artigo científico deve
ser estruturado, incluindo o que cada seção deve conter.
Além de Osvaldo Novais de Oliveira
Júnior, são coeditores do livro Ethel Schuster, da Northern Essex Community
College, e Haim Levkowitz, da University of Massachusetts Lowell, ambas em
Massachusetts, nos Estados Unidos.
Os trabalhos reunidos são de autoria
dos editores e de Sandra Maria Aluísio, do Instituto de Ciências Matemáticas e
de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP); Stella Esther
Ortweiler Tagnin, do Departamento de Letras Modernas da USP; Valtencir
Zucolotto, do IFSC; Valéria Delisandra Feltrim, da Universidade Estadual de
Maringá (UEM), no Paraná; e Carmen Dayrell, do Centre for Corpus Approaches to
Social Science da Lancaster University, no Reino Unido.
Writing
Scientific Papers in English Successfully: Your Complete Roadmap
Autores: Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, Ethel Schuster, Haim Levkowitz, Sandra Maria Aluísio, Stella Esther Ortweiler Tagnin, Valtencir Zucolotto, Valéria Delisandra Feltrim e Carmen Dayrell
Lançamento: 2014
Preço: US$ 10,28
Páginas: 192
Autores: Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, Ethel Schuster, Haim Levkowitz, Sandra Maria Aluísio, Stella Esther Ortweiler Tagnin, Valtencir Zucolotto, Valéria Delisandra Feltrim e Carmen Dayrell
Lançamento: 2014
Preço: US$ 10,28
Páginas: 192
Mais informações: Amazon
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
USP disponibiliza cursos gratuitos sobre meio ambiente e sustentabilidade
O Veduca é um site que reúne cursos on-line provenientes de instituições brasileiras a internacionais. Entre as opções disponíveis estão cursos livres na área ambiental e de sustentabilidade. O CicloVivo separou três sugestões de estudos feitos por uma das universidades mais conceituadas do Brasil, a Universidade de São Paulo (USP). Veja abaixo quais são eles e inscreva-se:
1. Sistemas Terra
O curso é dividido em 26 aulas. Entre os temas trabalhados estão fatores geológicos da evolução, desde as placas tectônicas até o ciclo das rochas. As aulas são ministradas em português por docentes da própria universidade e são direcionadas, principalmente, a quem se interessa por geografia.
Clique aqui para iniciar o curso.
2. Oceanografia
Em 16 horas, este curso trata de assuntos como manguezais, estuários, marismas, sistemas bentônicos, vegetados, recifes de coral e chega até mesmo às profundezas do oceano. São 34 aulas, ministradas pela docente mestre e doutora Ana Maria Vanin.
3. Princípios da sustentabilidade e tecnologias portadoras de inovação
O curso traz desde conceitos básicos, como a definição do conceito de pegada ecológica e como calculá-la, até princípios que possibilitam o desenvolvimento da sociedade a partir de tecnologias e sistemas mais limpos. Entre os temas abordados estão o ciclo de vida, energia, transporte e mobilidade e métodos de produção. São 11 aulas divididas entre três especialistas na área de engenharia.
Também estão disponíveis na plataforma cursos na área de meio ambiente e sustentabilidade naUniversidade de Yale e na Universidade de Berkeley, duas conceituadas universidades norte-americanas.
Redação CicloVivo
http://ciclovivo.com.br/noticia/usp-disponibiliza-cursos-gratuitos-sobre-meio-ambiente-e-sustentabilidade
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
CSEAR South América
http://www.csear.ufba.br/index.html
CSEAR IV 2015
O objetivo do CSEAR South América é ser um interlocutor do Centre for Social and Environmental Accounting Research na indução de pesquisas no campo da contabilidade para sustentabilidade, promovendo a divulgação de seus resultados, além de contribuir para que os achados de tais investigações sejam aplicados para compreender e solver problemas das organizações e sociedade.
A IV edição do CSEAR South América pretende fomentar as discussões sobre a terminologia deste campo de conhecimento, buscando aprofundar pesquisa sobre reconhecimento, mensuração e accountability, os elementos sociais e ambientais que impactam o resultado econômico das entidades.
O evento deverá contar com a participação de pesquisadores, professores, estudantes e profissionais atuantes na área de contabilidade empresarial do Brasil e América Latina, interessados na discussão da contabilidade para sustentabilidade.
CSEAR IV 2015
O objetivo do CSEAR South América é ser um interlocutor do Centre for Social and Environmental Accounting Research na indução de pesquisas no campo da contabilidade para sustentabilidade, promovendo a divulgação de seus resultados, além de contribuir para que os achados de tais investigações sejam aplicados para compreender e solver problemas das organizações e sociedade.
A IV edição do CSEAR South América pretende fomentar as discussões sobre a terminologia deste campo de conhecimento, buscando aprofundar pesquisa sobre reconhecimento, mensuração e accountability, os elementos sociais e ambientais que impactam o resultado econômico das entidades.
O evento deverá contar com a participação de pesquisadores, professores, estudantes e profissionais atuantes na área de contabilidade empresarial do Brasil e América Latina, interessados na discussão da contabilidade para sustentabilidade.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Sobre O que é (e o que não é) sustentabilidade
O conteúdo do EcoDesenvolvimento.org está sob Licença Creative Commons. Para o uso dessas informações é preciso citar a fonte e o link ativo do Portal EcoD. http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2014/artigo-o-que-e-e-o-que-nao-e-sustentabilidade?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook#ixzz3OKQLt7ak
Por Oded Grajew*
Embora em voga nos mais variados meios, o conceito de “sustentabilidade” ainda é pouco compreendido tanto por quem fala sobre ele quanto por quem ouve. Nos últimos anos intensificou-se a discussão a respeito do aquecimento global e do esgotamento dos recursos naturais. Preocupações legítimas e inquestionáveis, mas que geraram distorção no significado de sustentabilidade, já que esta passou a ser associada tão somente às questões ambientais.
Não é só isso. A sustentabilidade está diretamente associada aos processos que podem manter-se e melhorar ao longo do tempo. A insustentabilidade comanda processos que se esgotam, não se mantêm e tendem a morrer. E isto depende não apenas das questões ambientais. São igualmente fundamentais os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.
Entretanto, mais do que definir o conceito, sustentabilidade e insustentabilidade se tornam claras quando traduzidas em situações práticas.
Evidências e dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável, ameaçando inclusive a própria sobrevivência da espécie humana.
Esgotar recursos naturais não é sustentável. Reciclar e evitar desperdícios são sustentáveis. Corrupção é insustentável. Ética é sustentável. Violência é insustentável. Paz é sustentável.
Desigualdade é insustentável. Justiça social é sustentável. Baixos indicadores educacionais são insustentáveis. Educação de qualidade para todos é sustentável.
Ditadura e autoritarismo são insustentáveis. Democracia é sustentável.
Trabalho escravo e desemprego são insustentáveis. Trabalho decente para todos é sustentável.
Poluição é insustentável. Ar e águas limpos são sustentáveis. Encher as cidades de carros é insustentável. Transporte coletivo e de bicicletas é sustentável.
Solidariedade é sustentável. Individualismo é insustentável.
Cidade comandada pela especulação imobiliária é insustentável. Cidade planejada para que cada habitante tenha moradia digna, trabalho, serviços e equipamentos públicos por perto é sustentável.
Sociedade que maltrata crianças, idosos e deficientes não é sustentável. Sociedade que cuida de todos é sustentável.
Evidências e dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável, ameaçando inclusive a própria sobrevivência da espécie humana.
Provas não faltam:
- Destruímos quase a metade das grandes florestas do planeta, que são os pulmões do mundo;
- Liberamos imensa quantidade de dióxido de carbono e outros gases causadores de efeito estufa, num ciclo de aquecimento global e instabilidades climáticas;
- Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação;
- Cerca de 50 mil espécies de plantas e animais desaparecem todos os anos, em sua maior parte em decorrência de atividades humanas;
- Produzimos uma sociedade planetária escandalosa e crescentemente desigual: 1.195 bilionários valem, juntos, US$ 4,4 trilhões, ou seja, quase o dobro da renda anual dos 50% mais pobres. O 1% de mais ricos da humanidade recebe o mesmo que os 57% mais pobres;
- Os gastos militares somam US$ 1,464 trilhões por ano (e crescem a cada ano), o equivalente a 66% da renda anual dos 50% mais pobres.
Este cenário pouco animador mostra a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável. Cabe a nós torná-lo possível e viável.
* Oded Grajew é presidente emérito do Instituto Ethos e coordenador-geral da Secretaria Executiva da Rede Nossa São Paulo. Artigo publicado originalmente no jornal Folha de S.Paulo.
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